quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Fome, de Hansum


Zolthan e eu trocavámos algumas ideias sobre Filosofia e Literatura, pouco antes do suicídio. Foi ele quem me apresentou Gustavo Corção, um dos nomes mais injustiçados da literatura brasileira. E foi ele também quem me falou de “Fome”, obra-prima da literatura mundial do século XIX, escrita pelo norueguês Knut Hansum, ganhador do Prêmio Nobel de 1920 (que aqui no Brasil ganhou tradução de Carlos Drummond)
Flávio Renovatto, que é um doido varrido por cinema de arte, em uma das tantas sessões a que assistiu na Janela Internacional de Cinema, garimpou na porta do Cine São Luiz, uma pequena pérola: a adaptação cinematográfica da novela de Hansum.
Em 1966, o dinamarquês Henning Carlsen transpôs para o cinema uma das histórias mais tocantes sobre o orgulho e o destino de um homem. Trata-se da história de Pontus, um jovem escritor que tenta sobreviver do ofício na gélida cidade da Christiânia, mas cuja vida é das mais difíceis porque não consegue dinheiro para comer. Literalmente, ele passa fome e alucina na luta para manter a dignidade e o orgulho.
Assisti ontem à noite e ainda estou impactado. Além de uma interpretação primorosa de Per Oscarsson, que ganhou do prêmio de melhor ator em Cannes, o filme tem uma fotografia (em preto e branco) absolutamente avassaladora. Inesquecível!

http://www.youtube.com/watch?v=M1HMw4Xw4KU


Nenhum comentário:

Postar um comentário