quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Quase nadas somente



Que tal algo inútil, mas necessário?!
Como cantar, por exemplo.
Ou pintar em aquarelas
Ou esculpir na madeira
Ou escrever num poema
A última lembrança de um amor que se foi!
A beleza de um pôr de sol não é útil a ninguém, pelo que eu saiba,
Mas está lá e comove.
As estrelas, em sua imensa maioria, pelo que entendo,
Pouco nos dá de suas luzes...
Mas tecem uma colcha cintilante imensa,
Que alumia por dentro de quem as olha.
Nem é para nos servir, afinal, que o mar balança e se queda na praia
A vida, como a arte, não é para as utilidades.
Mas para a necessária beleza, sem a qual
Seriamos muito menos,
Quase nadas somente.

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