quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
“O sabor da existência é o do tempo que passa e muda, do não-fixo, do jamais certo nem acabado; aliás, a melhor e mais certa ‘permanência’ da vida consiste nessa mobilidade. Ter gosto por isso implica, necessariamente, se ficar alegre, precisamente, com o fato de ela ser por essência, indistintamente, perecível e renovável, e de modo algum deplorar uma ausência de estabilidade e de perenidade. O charme do outono, por exemplo, se deve ao fato de ele ser outono do que ao fato de ele modificar o verão antes de ser, por sua vez, modificado pelo inverno; e seu ser próprio consiste, justamente, nessa modificação que ele opera.”
Clement Rosset
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