domingo, 24 de maio de 2015

Outro dia estávamos conversando sobre ser criativo. Eu prefiro falar de ser criador, que é algo que foge aos enfeites e perfumarias (e muito mais difícil de alcançar)...

“Por que é que a tua atriz não diz os textos dependurada num tecido, era muito mais criativo”.  Sei. A questão está na necessidade imperiosa que temos de pirofagia: quanto mais fogos de artifício, melhor. Eu que tenho reais dificuldades com tudo o que é criativo, estou sempre tentando fugir das receitinhas, embora saiba que não estou jamais tentando redescobrir a pólvora. E sinto que muitos de meus pares tendem a colocar obstáculos com a simplicidade das coisas. E isso me tira de verdade a paciência. Faz lá o teu espetáculo e põe o teu tecido e pendura nele quem você quiser. Acho digno. Mas não é a minha... a não ser que o próprio processo de criação me solicite coisas assim, eu simplesmente me nego a fazê-lo. Que outros, mais criativos que eu, o façam.

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