quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Ladainha

Minha Negra Deusa Escura
De Céu estrelado e frio
Peitos grandes, Corpo esguio
Esta minha fala, escuta:
Pois é curta a minha vida
Tão miúdo o existir!
Não te furtes a ouvir
No escuro de meus dias
Quando a solidão vigia
Vem e espanta meus temores
Pois são muitos os clamores
E de hoje é que não é
O Preto carrega o Branco
O Branco faz o que quer.

Urge um tempo de mudanças
Mesmo tendo as mãos vazias
Pra encher de alegria
Meu coração de mulher.
Que o peso dos dias idos
Doídos de pesar tanto
Possa palavra e encanto
Misturar-se a quem vier.
 Misturar-se ao que vier.




Nenhum comentário:

Postar um comentário