Caro senhor Won,
Eu não sei o que significa o seu telefonema esta noite. Nem como conseguiu saber aonde me escondo. E seja lá o senhor quem for, ou esteja a serviço de quem seja, saiba que não tenho medo. Nem do senhor, nem de ninguém. E se quer saber: Sim, não ando armado. Sim, ando sozinho. Sim, ando à noite. Então, talvez por isso, o senhor me considere uma presa fácil. Mas não tenha tanta certeza disso. Não subestime a quem não conhece. O caçador sai de casa para caçar, mas de repente pode virar caça. Então, seja lá o que tiver para mim, seja lá que diabos for ou represente, que venha logo, de surpresa, como os que sabem fazer muito bem. E, com perdão da expressão chula, senhor (perdoem-me os demais) tome no rabo e vá preso, sim? E me faça a gentileza de não me atanazar mais. No que puder, passe mal. A gente se encontra por ai, quem sabe?!
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