sexta-feira, 29 de novembro de 2013

"Não era o começo, quando começamos, não será o fim quando terminarmos.
É um fragmento, a vida, sem começo nem fim".

Strindberg em “Rumo a Damasco”

Calderón

“ESTRELA – O que sonhaste esta noite?
ROSAURA – Não sonhei nada porque ISTO é um sonho.
ESTRELA – Mas como é que eu sei que não é um sonho, porque sou a tua irmã , e desde sempre vivo contigo a tua realidade, é preciso que tu tentes, ao menos, supor, por absurdo, que não é um sonho. Vamos fingir que fazemos um jogo.
ROSAURA – Que jogo?
ESTRELA – Vamos fingir que não reconheces mesmo esta cama, onde acordaste hoje de manha, a mim, tua irmã, esta casa, chamada em família, por brincadeira, Palácio de Inverno, e tudo o mais...
ROSAURA – E depois?
ESTRELA – Fazes de conta, portanto, que finges nada saber do mundo onde hoje de manhã acordaste e onde vives: e eu fingirei que sou obrigada a explicar-te como são as coisas”


Pasolini

O Teatro e o Sonho

“Qual a relação entre o sonho e o teatro? O não alinhamento ao real (...) O teatro, o verdadeiro, é aquele no qual a pessoa se encontra quase dentro da realidade, mas sem estar totalmente nela, mantendo uma certa distância (...) A enorme importância do QUASE, em toda parte, SEMPRE”.

Arthur Adamov

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Revista ANTRO POSITIVO

http://www.antropositivo.com.br/

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Para pesquisas sobre teatro


Biblioteca Digital da USP/ Teses e Dissertações
http://www.teses.usp.br/index.php?option=com_jumi&fileid=9&Itemid=159&lang=pt-br&id=27139&prog=27001&exp=0

Revista O PERCEVEJO ONLINE/UNIRIO
http://www.seer.unirio.br/index.php/opercevejoonline

Revista  REPERTÓRIO ONLINE/UFBA
http://www.revistarepertorioteatroedanca.tea.ufba.br/

Revista CENA ONLINE/UFRGS
http://seer.ufrgs.br/index.php/cena/index

Revista SALA PRETA ONLINE/USP
http://revistas.usp.br/salapreta

La RATONERA ONLINE
http://www.la-ratonera.net/

Revista digital do LUME /UNICAMP
http://www.cocen.unicamp.br/revistadigital/index.php/lume

Revista eletrônica do Clowns de Shakespeare
http://www.questaodecritica.com.br/tag/clowns-de-shakespeare/

CHRISTA WOLF , MEDEIA – VOZES


"Christa Wolf é uma das mais notáveis escritoras alemãs, cuja obra ultrapassa todo e qualquer limite geográfico e cultural na sua busca pela verdade. A sua produção literária acompanhou, bem de perto, o processo evolutivo da ex-RDA, concedendo ao indivíduo um papel central nas suas construções narrativas. Segundo Christa Wolf, a relação entre o indivíduo e a sociedade é quase sempre conflituosa e geradora de sofrimentos, sacrifícios e inquietações, sobretudo nas mulheres, que se têm submetido, ao longo dos séculos, aos valores masculinos.
Acreditando, pois, numa possível emancipação do género humano, a autora colocou as mulheres, devoradas por tormentos interiores, no centro dos seus romances. Assim, inseriu a personagem principal de Medeia – Vozes, caracterizada por uma forte densidade dramática, num período em que se subestimava o poder feminino oprimido pelo masculino e em que os reis escarneciam das rainhas.
Segundo teóricos como Margaret Atwood e David R. Slavitt, fala, também, em nome dos Turcos na Alemanha, dos descendentes Africanos na Europa e dos Judeus através de Medeia, ou seja, dá voz a todos os que foram caluniados, rejeitados e desprezados. (...)
A sua mensagem fá-la passar através da literatura a que associa o mito. Incapaz de resistir ao seu fascínio, caracteriza, ainda, a grande variedade de fontes e tradições históricas como estimulantes, excitantes e instrutivas. No caso de Medeia – Vozes, a autora, após diferentes interpretações do mito em questão (Medeia), rejeita, pura e simplesmente, a efabulação de Eurípides e a imagem de mãe infanticida que foi imposta à consciência ocidental, concedendo a Medeia a possibilidade de se afirmar como mulher e de revelar como foi vítima das necessidades e dos valores dos homens.
Por mais de dois mil anos, Medeia, uma das mais poderosas mulheres da mitologia grega, é acusada de vários crimes, tais como o fratricídio, o infanticídio e o envenenamento de Glauce, mas Christa Wolf vem negar que Medeia tenha cometido algum destes crimes. Apresentando-nos um mito que ficou na memória dos homens e demonstrando-nos a perenidade do mesmo no tempo, Wolf transforma este mito antigo e a sua personagem central na exploração contemporânea do poder.
A abordagem do mito, em Medeia – Vozes, é original e inovadora pelo facto de Medeia não cometer nenhum dos crimes de que Eurípides a acusa. Wolf apresenta Medeia como uma mulher que está na fronteira entre dois sistemas de valor, corporizados respectivamente pela sua terra natal, a Cólquida e pela terra para a qual foge, Corinto. Aqui, Medeia é abandonada pelo marido e as forças que estão no poder manifestam-se contra ela, chegando mesmo à perseguição. A autora, como defensora dos fracos e oprimidos, dá-nos, também, a imagem de Medeia e dos Colcos como emigrantes refugiados junto dos Coríntios de quem divergem física (cor da pele e do cabelo) e culturalmente."

 Ana Maria Vieira
Línguas e Literaturas Clássicas e Portuguesa







http://www3.uma.pt/Publicacoes/FORUMa/200207_A2N4/christa.html

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Só Dez Por Cento É Mentira

A biografia inventada e os versos fantásticos do poeta Manoel de Barros, contados através de depoimentos do próprio e de leitores que se viram contagiados por seu trabalho.

 http://www.youtube.com/watch?v=XCMczEBuII4

"Mamma Muu", de Sven Nordqvist


Caro senhor Won,
Eu não sei o que significa o seu telefonema esta noite. Nem como conseguiu saber aonde me escondo. E seja lá o senhor quem for, ou esteja a serviço de quem seja, saiba que não tenho medo. Nem do senhor, nem de ninguém. E se quer saber: Sim, não ando armado. Sim, ando sozinho. Sim, ando à noite. Então, talvez por isso, o senhor me considere uma presa fácil. Mas não tenha tanta certeza disso. Não subestime a quem não conhece. O caçador sai de casa para caçar, mas de repente pode virar caça. Então, seja lá o que tiver para mim, seja lá que diabos for ou represente, que venha logo, de surpresa, como os que sabem fazer muito bem. E, com perdão da expressão chula, senhor (perdoem-me os demais) tome no rabo e vá preso, sim? E me faça a gentileza de não me atanazar mais. No que puder, passe mal. A gente se encontra por ai, quem sabe?!

Meu caro Yuri Andrade,

Imagino o que está sentindo neste momento.
Não é fácil.
Dói, machuca, maltrata.
Perda irreparável, como tantas outras que possivelmente virão.
Sinta a sua dor integralmente, cada gota de sua amargura,
Cada soluço pela ausência,
Cada lembrança do que já não é.
Chore, lastime, reclame, exploda.
Mas, ao final, respire, relaxe, serene.
Cada inicio tem um fim.
E viver é aprender a filosofar.
A morte, mais que tudo, nos solicita isso.
E, como dizia Cícero, filosofar não é outra coisa senão preparar-se para a morte.
E viva a SUA vida, pois que a vida (toda vida) é ÁVIDA.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Uma reflexão sobre «Baraka» (filme de Ron Fricke, 1992)


«Baraka» («espécie de poder espiritual hereditário», para certos sectores islâmicos do continente africano) é um ensaio multimedia arrojado, que coloca em perspectiva a diversidade e as contradições da natureza do homem, da natureza em si, e da natureza das relações humanas.

Expõe diferentes dinâmicas e ritmos do Universo, através de uma estética e sonoplastia poderosas (a música de uns Dead Can Dance não será um incidente, a ausência de um guião literário é uma virtude). Confronta-nos, ainda, com um dilema da estética: por um lado, a beleza da exaltação dos fenómenos naturais e dos ritos e rituais humanos, por outro, a beleza do apocalipse e da mecanização. Neste sentido, «Baraka» poderá ser um objecto artístico perigoso, se o receptor da mensagem não reflectir, não discernir, dentro da sequência de beleza compulsiva, uma qualquer moralidade, por vezes secundada pela estética. O desafio está, para o espectador mais exigente, nessa procura. O deslumbramento não chega para disfrutar, porque cega.

Há imagens marcantes, neste «documentário» amplo sobre a vida, o Homem, a sociedade, as religiões, as crenças e a economia, que petrificam: os loops do homem a trabalhar as máquinas, como se fosse exactamente uma máquina, como se o processo alucinante de produção industrial se confundisse com o processo de maquinização do homem; os pintaínhos a serem tratados como um qualquer produto de consumo desenfreado e descartável, espécie de peluches comestíveis; o hipnotismo, o mistério e a sincronia audiovisual de alguns rituais de tribos em paisagens remotas e quase virgens; ou a imagem da penúria e da procura de alimento, por vacas junto a mulheres e crianças, no meio de uma lixeira astronómica; a queda de uma árvore a devastar, a desequilibrar parte considerável do ecossistema circundante.

Enfim, «Baraka» é um buraco fundo, por descobrir e cobrir.

http://palhacacivica.blogspot.com.br/2009/10/uma-reflexao-sobre-baraka-filme-1992.html

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Saudades de Sérgio Leone. Dos filmes que dirigiu. E dos que produziu também.
A exemplo do clássico do western spaghetti  “Meu Nome é Ninguém”, a história do sujeito que sonha em ser alguém, mas que para sê-lo precisará antes matar o seu grande ídolo. Henry Fonda e Terence Hill simplesmente arrasam!
Isso tudo embalado na música de Morricone. Imperdível diversão!

O Teatro é Necessário?

“Necessário é aquilo que quer um ser vivo que quer viver, e se ele o obtém, usufrui de um novo chamado. Necessidade é, então, o nome da brutalidade do chamado. (...) QUANTO TEMPO SE PODE ESPERAR PELO TEATRO QUANDO ELE FALTA? Questão importante hoje em dia: pode ser que se tenha necessidade de teatro e que ele não esteja à disposição. Ou, pelo menos, não o teatro de que se necessita. O teatro disponível não é necessariamente aquele que a vida pede – certas necessidades permanecem insatisfeitas. Inquietude de vida e de morte. Em caso de necessidade, se o teatro falta, nos falta, e se a carência persiste, algo corre o risco de morrer. ‘Nós’ não morreremos, claro que não. Encontram-se substitutos. MAS ALGO EM NÓS PODE MORRER. O QUÊ?

Denis Guénoun


quinta-feira, 7 de novembro de 2013

“Não conseguir levar a sério por muito tempo seus inimigos, suas desventuras, seus malfeitos inclusive – eis o indício de naturezas fortes e plenas, em que há um excesso de força plástica, modeladora, regeneradora, propiciadora do esquecimento (no mundo moderno, um bom exemplo é Mirabeau, que não tinha memória para os insultos e baixezas que sofria, e que não podia desculpar, simplesmente porque – esquecia).”

Nietzsche
“A metáfora é muito interessante para o escritor. A metáfora é onde o escritor se esconde e põe asas no leitor. Pela metáfora, eu me escondo, mas ao mesmo tempo ponho asas no leitor. Vai aonde você quiser. Você está livre para romper com tudo.”

Bartolomeu Campos de Queirós
“Outra coisa que me ajuda na literatura é ter nascido de sete meses. Fui sempre muito fraquinho. Era miúdo, fraco, tratado com cuidado. Quando adoecia, a mãe chamava o médico por via de dúvida. Mas por via de dúvida, ela mandava benzer; e por via de dúvida, ascendia uma vela; e por via de dúvida, me dava um chá e eu, então, melhorava por via de dúvida. Depois, cheguei a uma conclusão: Quem sabe as coisas faz livro didático e quem não sabe faz literatura.”

Bartolomeu Campos de Queirós
“Meu avô tinha um encantamento com as palavras. Eu fui aprendendo com ele a cultivar esse encantamento. Lembro que na casa dele tinha uma copa muito grande. Ele ficava sentado na ponta da mesa fazendo cigarros para o dia seguinte. Havia um Cristo crucificado na parede. De vez em quando, ele levantava a cabeça e falava para mim: “Sofreu, né? Sofreu demais. Sofreu tanto. Mas morreu gordo, você não acha?”. Era toda uma trama que me deslocava.”

Bartolomeu Campos de Queirós
“O grande patrimônio que temos é a memória. A memória guarda o que vivemos e o que sonhamos. E a literatura é esse espaço onde o que sonhamos encontra o diálogo. Com a literatura, esse mundo sonhado consegue falar. O texto literário é um texto que também dá voz ao leitor. Quando escrevo, por exemplo: “A casa é bonita”, coloco um p0nto final. Quando você lê para uma criança “A casa é bonita”, para ela pode significar a que tem pai e mãe. Para outra criança, “casa bonita” é a que tem comida. Para outra, a que tem colchão. Eu não sei o que é casa bonita, quem sabe é o leitor. A importância para mim da literatura é também acreditar que o cidadão possui a palavra. O texto literário dá a palavra ao leitor. O texto literário convida o leitor a se dizer diante dele. Isso é o que há de mais importante para mim na literatura.”

Bartolomeu Campos de Queirós
“Pode-se dizer que o teatro faz política? Não, não exatamente. O teatro acontece no espaço político, mas ele faz com que aí aconteça algo DIFERENTE daquilo que a política faz acontecer. (....) A representação teatral consiste em produzir, na área assim organizada, determinada – uma OUTRA palavra, OUTROS signos, OUTROS adventos de sentido. (...) O teatro acontece no espaço do político e produz OUTRA coisa (diferente da política). O QUÊ?”

Denis Guénoun

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

“A arte é a extensão do poder dos ritos e cerimônias, que une os seres humanos aos incidentes e cenas da vida, através de uma celebração conjunta: assim torna-os conscientes de sua ligação uns com os outros, em origem e destino”

John Dewey

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

“Você nunca será um ator se você não tiver a destruição como guia. A sua primeiro. Você nunca dançará bem se você não destruir a sua dança toda ao dançar, ao mesmo tempo em que você a dançar. Por que isso?... Porque tudo foi destruído ao mesmo tempo em que foi criado e porque há um movimento, ainda desconhecido pela física, que faz com todas as coisas entrem ao mesmo tempo em que desaparecem”.

Valère Novarina

Cortar o tempo



"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.

Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente"

Carlos Drummond de Andrade

O Banquete

Existem técnicas do acabado, como existem técnicas do inacabado. As
técnicas do acabado são eminentemente dogmáticas, afirmativas sem
discussão, e é por isto que a escultura, que é por psicologia do
material a mais acabada de todas as artes, foi a mais ensinadora das
artes ditatoriais e religiosas de antes da Idade Moderna. Bíblias de
pedra... Pelo contrário: o desenho, o teatro, que são as artes mais
inacabadas, por natureza as mais abertas e permitem a mancha, o
esboço, a alusão, a discussão, o conselho, o convite, e o teatro ainda
essa curiosa vitória final das coisas humanas e transitórias com o
"último ato", são artes do inacabado, mais próprias para o
intencionismo do combate. E assim como existem artes mais propícias
para o combate, há técnicas que pela própria insatisfação do
inacabado, maltratam, excitam o espectador e o põem de pé. (...) As
técnicas do inacabado são as mais próprias do combate. Você repare a
evolução da dissonância e da escala dissonante por excelência que é a
escala cromática. O cromatismo na Grécia era só permitido aos
granfinos da virtuosidade, inculcado de sensual e dissolvente, proibido
aos moços, aos soldados, aos fortes; e Pitágoras já descobrira a
sensação da dissonância, a "diafonia" como ele falou no grego dele.
Mas a repudiou. E de fato o ditatorialismo, o dogmatismo grego não
quis saber das dissonâncias. Nem o Cristianismo primitivo, criador do
dogmatismo em uníssono do cantochão. Por quê? Porque a
dissonância era eminentemente revolucionária, era, por assim dizer,
uma consonância inacabada, botava a gente de pé. (...) Toda obra de
circunstância, principalmente a de combate, não só permite mas exige
as técnicas mais violentas e dinâmicas do inacabado. O acabado é
dogmático e impositivo. O inacabado é convidativo e insinuante. É
dinâmico enfim. Arma o nosso braço.

Mário de Andrade

Livro: MISTURA DE CORES

http://iansidawaydrawing.blogspot.com.br/



Ian Sidaway, inglês nascido em 1951, pintor e autor desse livro (e de 31 outros títulos sobre arte), experimentou mais de 10.000 mistura de cores e publicou um diretório visual completo. Inclui uma extensa explicação sobre as propriedades e dimensões dos pigmentos de cor, incluindo temperatura, intensidade, opacidade e tom. Uma referência essencial para todos os artistas seja qual for a mídia: óleo, acrílico, aquarela, guache, lápis colorido ou nanquim.




“Good Hair” (“Cabelo Bom”), documentário de Chris Rock.


http://www.youtube.com/watch?v=te3xM_Hmg_g

 "Good Hair" mostra como age a indústria de produtos para cabelos voltada aos negros, bem como a ausência quase que total de personalidades negras que assumem os fios crespos. Da cantora Beyoncé à modelo Naomi Campbell, passando até mesmo pela primeira-dama dos Estados Unidos Michelle Obama, a imagem que se firmou da mulher negra entre os americanos é, tal como por aqui, a de alguém com cabelos lisos. E para conseguir isso, elas não medem esforços apelando para todo o tipo de técnica ou produto.
Em sua saga, Chris Rock visita uma fábrica que faz de cremes para cabelos negros e chega ao ponto de chamar um químico para testar a composição de alguns produtos (e descobrir que eles podem corroer até uma latinha de refrigerante feita de alumínio). O apresentador também entrevista diversas mulheres, iniciando o papo com uma simples pergunta: "o que é cabelo bom para você?". É dessa forma que a produção pretende revelar o que realmente passa pela cabeça (literalmente) de quem se vê obrigada a fazer alisamentos para entrar na moda.