Também foi dia de pensamentos esparsos sobre o retorno ou a extinção
definitiva de minha carreira com a banda musical (Zambiola) depois da Feira do
Empreendedorismo, no Centro de Convenções.
Também foi dia em que chegou ao fim a novela do João Emanuel
Carneiro (Avenida Brasil), com uma trama torta, cheia de problemas e barrigas, mas
de direção e fotografias surpreendentes.
Sem falar no trabalho da Adriana, que Esteve completa, absoluta, endemoniada
(logo eu que detesto novelas e não acompanho nenhuma desde a obra-prima do
Cassiano Gabus Mendes, “Que Rei Sou Eu?”, em 1989!).
Foi ontem também que descobri a inclassificável Maria
Gabrilea Llansol, uma escritora portuguesa que tem um sangue poético do
Fernando Pessoa na veia.
E, por fim, teve a estreia de “Avesso”, espetáculo de Ana Flávia e Igor
Lopes, da Cia. Cicuta Sem Estricnina, no SESC Casa Amarela, em
Recife, às 20h. Dois textos inteligentes, dois atores com apetite. Realmente é
muito bom ver que alguns grupos e companhias teatrais desta cidade andam à
procura de outras possibilidades para além dos besteiróis e dos espetáculos de
adolescentes revoltados. Curto e grosso, o trabalho de Flavia e Igor são um
tapa no bom comportamento, no politicamente correto, sem perder a austeridade.
É
isso. Foi assim a minha sexta absurda. Talvez achemos ao término desta fala toda
que não há nada de verdadeiramente excepcional no que foi dito. Pode ser. Mas sabem
aquela sensação esquisita de que é muito, muito esquisito quando tudo, tudo,
tudo no parecer assim tão no lugar, tão comum, tão normal? Que será que é isso?
Eu,
heim?! Sei lá!
Ô Quiercles, obrigada pela presença e pelas divagações sobre o Avesso. Estamos nessa caminhada estranha, com muito prazer. E contando sempre com a companhia de pessoas como você, que se dispõem a experimentar conosco essa loucura toda. Valeu! Beijos.
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