sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015



“A gestão do fluxo é um desafio importante na dança e as suas consequências filosóficas e poéticas são infinitas. Através do lirismo tônico, mais do que por meio de outras componentes do movimento, o corpo do bailarino toca no corpo do espectador, trabalhando-o para mudar a sua consistência e estabilidade. Se o deslocamento de peso fala simbolicamente ao corpo do outro (e fala-O), quase como representação (não figurativa), a mudança tônica, por seu lado, nada representa: ela CANTA simplesmente. Mantém com a nossa cinestesia uma relação inteiramente musical e arrasta-nos, por meio do ato das nossas próprias vibrações profundas ou ligeiras, até à região mais lírica da consciência corporal.”

Laurence Louppe

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