É uma forma de encarar as coisas, mas vou discordar de você (se me permitir). Postagens no Facebook dizem sim coisas sobre nós: você, eu, qualquer um. Assim como uma roupa, um modo de vestir, de agir, de falar, de pensar, de usar, diz coisas sobre nós. Nossas ações no mundo implica em um ser... mesmo as aparências, as superfícies, são indícios do ser, porque se não nos retratam em nossa inteireza e completude, acenam para algo que não deixa de ser parte de nós. Quando alguém coloca aqui neste espaço uma fala, um pensamento, mesmo que por discordância, não está colocando-o em evidência? A nossa vitrine diz do que há dentro da loja. E ai de nós quando oferecemos aquilo que não temos.
Eu, por exemplo, não a conheço, quase nada, embora (tenho certeza) haja possibilidades de me encantar com o que não sei. E se tudo o que recebo de você são impressões de figurinos e maquilagens, não será outra a minha referência, minha recepção em relação aquilo que não é você inteiramente, mas é parte do que lhe compõe. Meu erro (se é que houve erro d einterpretação) foi imaginar que você era só aquilo (quando vislumbro agora a possibilidade feliz de que não seja).
Andam a dizer por ai que as aparências enganam. Será? Porque as aparências dizem mais do que se pode supor à primeira vista.
E, claro, é importante sim falar das coisas leves. Mas como dizia o Nietzsche “é preciso dançar a vida”, mas a dança não deve nos fazer esquecer por completo o lado trágico da existência, o compreender da efemeridade do existir, de saber que a dança não durará mais que uma chama de vela. E por isso, ainda mais, dançar.
Desejo, como disse anteriormente, que você seja muito feliz na sua escolha e que elas te tragam muitas muitas benesses. E que esta fala não te afaste de mim. (Admiro muito você)
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