quinta-feira, 5 de maio de 2011

A Paleta do Mundo


Diderot explicou uma vez a Catarina II que, antes de resolver escrever um livro, perguntava a si mesmo se seria a pessoa mais indicada para fazê-lo. ‘Examino, primeiro, se a obra pode ser mais bem feita por mim do que por outra pessoa, e faço-a. Se tiver a mínima desconfiança de que pode ser mais bem feita por outro do que por mim, qualquer que seja a vantagem que ela me traga, remeto-lha, pois o ponto importante não é fazer eu a obra, mas que ela se faça.’
Não há conselho mais honesto, mais sensato, mais útil, nem sequer mais amável, pelo que nos faz docemente esperar que alguns dos que escrevem hoje esses livros e livros que só um doloroso e indeclinável dever nos faz ler até ao fim, venham um dia a aceitá-lo...
“O ponto importante não é fazer eu a obra, mas que ela se faça”.

Mário Dionísio em “A Paleta e o Mundo”.

Um comentário:

  1. Ei, tás falando de Gustavo Bernardo ou é impressão minha?
    Ah, esqueci de David Gonçalves, também.
    É sobre eles, né?
    rssss

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