quarta-feira, 30 de abril de 2014

“Como se opera em nossa vitalidade o torniquete que nos leva a tolerar o intolerável, e até a desejá-lo? Por meio de que processos, nossa vulnerabilidade ao outro se anestesia? Que mecanismos de nossa subjetividade nos levam a oferecer nossa força de criação para a realização do mercado? E nosso desejo, nossos afetos, nosso erotismo, nosso tempo? Como todas estas nossas potências são capturadas pela fé na promessa de paraíso da religião capitalista? Que práticas artísticas têm caído nesta cilada? O que nos permite identificá-las? O que faz com que elas sejam tão numerosas? (...) Como liberar a vida destes seus novos impasses? O que pode nossa força de criação para enfrentar este desafio? (...) Em suma, como reativar nos dias de hoje, em suas distintas situações, a potência política inerente à ação artística?”

Suely Rolnik

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