“Como se opera em nossa vitalidade o torniquete que nos leva a tolerar o
intolerável, e até a desejá-lo? Por meio de que processos, nossa
vulnerabilidade ao outro se anestesia? Que mecanismos de nossa
subjetividade nos levam a oferecer nossa força de criação para a
realização do mercado? E nosso desejo, nossos afetos, nosso erotismo,
nosso tempo? Como todas estas nossas potências são capturadas pela fé na
promessa de paraíso da religião capitalista? Que práticas artísticas
têm caído nesta cilada? O que nos permite identificá-las? O que faz com
que elas sejam tão numerosas? (...) Como liberar a vida destes seus
novos impasses? O que pode nossa força de criação para enfrentar este
desafio? (...) Em suma, como reativar nos dias de hoje, em suas
distintas situações, a potência política inerente à ação artística?”
Suely Rolnik
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