Sinceramente,
acho que o politicamente correto pode embotar o espírito criador. Quem
seria Chaplin, Faulkner, Céline, Lobato, Picasso, Kafka, se não tivessem
afrontado os comportamentos tidos como certos e ordeiros? Arte, a
grande Arte, nos coloca diante do inominável, do intraduzível, da
fronteira da moral e bons costumes. A beleza nem sempre está de mãos
dadas com a delicadeza. E há quem prefira sacrificar o ser criador no
altar do bom comportamento, mas nem sempre (quase nunca) isso implica em
boa arte.
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