A todas as pessoas que foram, são ou serão minhas amigas um
dia.
Algumas que nem consigo lembrar o nome hoje, mas que foram
imprescindíveis no passado.
Outras que são mesmo para sempre e tão somente porque existem,
é que posso eu também existir e ser eu.
Gente que me deu a mão, o braço, o ombro, a força, a palavra,
o lenço, o sorriso, a festa surpresa, o colo, o lenitivo, a esperança, a
coragem, o apoio.
Gente que cantou ao meu lado quando ainda tinha o Zambiola e
um desejo enorme de ser artista; gente que me pagou o almoço quando eu não
tinha nada nos bolsos para cooperar com o rango; gente que lembrou de mim num
reveillon e na última horinha, quase no já já vira, ligou para dizer que o ano
tinha sido bom porque nós tínhamos juntos enfrentado muitos leões; gente que
acreditou em mim, que me pôs as mãos nos ombros, nas costas e me empurrou para
diante; e todos os “não desista!”, “acredite!”, “te amo!”
Todos os que me amparam em seus guarda-chuvas nos invernos
infernais desta cidade.
E os que comigo riram, choraram, beberam, dormiram, viajaram,
quiseram, doaram, dividiram, multiplicaram, apostaram, me puxaram a orelha, me
chamaram na vera.
Sem vocês eu teria caído antes, bem lá atrás. E talvez nem
tivesse ânimo para me erguer novamente. Sem vocês eu seria menor, certamente. E
se cheguei, quase lugar nenhum, foi porque tantos foram generosos com os meus
tropeços.
Aos meus amigos, aos que nem posso nominar porque graças aos
céus, aos orixás, a Deus, nem consigo contar direito quantos são (não que sejam
muitos, mas o bastante para a alegria e festa de meu coração). Tantos rostos,
tantos nomes, tantas narrativas, tanta saudade.
Valeu! Valeu muuuuuito! Vale sempre. Mesmo tão distante, mesmo
silenciado, estou aqui. E amo vocês de um jeito que não tem como imaginar.
Muito agradecido mesmo.
Beijos.